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Conflitos podem ser positivos para as empresas quando bem administrados

Sala temática “Gestão de Recursos Humanos” debate as possibilidades trazidas pelos conflitos saudáveis para as organizações

O conflito é inerente às relações humanas, mas não deve ser entendido como algo a ser evitado e pode ser encarado como uma possibilidade para a elaboração de estratégias criativas. Parte importante da Gestão de Recursos Humanos, a gestão de conflitos foi o assunto central abordado pela especialista em Recursos Humanos e presidente da ABRH-Paraná, Susane Zanetti. A apresentação ocorreu durante o 11º Seminário Femipa que está sendo realizado entre os dias 14 e 16 de março em Curitiba.

Susane apresentou a importância do conflito como gerador de inovação e criatividade. “Há uma visão tradicional do conflito como algo que deve ser eliminado, depois se avançou para uma percepção do conflito como algo natural e, posteriormente, se compreendeu que um nível saudável de conflito deve ser estimulado”, explicou.

Segundo a especialista, para que seja possível ao profissional de Recursos Humanos atuar como gestor de conflitos é necessário desenvolver habilidades como: ser capaz de identificar oportunidades, diagnosticar as dificuldades, ser mediador do envolvimento das pessoas nos objetivos da organização, ser agente de mudanças e ser exemplo neste processo.

Entre as ferramentas que possibilitam um avanço na gestão de conflitos, ela indicou para guiar as reflexões sobre o tema, ela indicou os trabalhos de Patrick Lencioni – “5 desafios das equipes” e “Inteligência Emocional”, de David Goleman.

Desafios das equipes

Os desafios das equipes para a criação de um ambiente saudável de conflitos, envolvem a criação de uma cultura de confiança e a compreensão de quais e sobre o que são os conflitos e de como as pessoas entram nele. Além disso, é importante a percepção se há o comprometimento da equipe e qual seu alinhamento, por exemplo, ao planejamento estratégico da instituição. Após esses passos, se torna mais fácil assumir a responsabilidade por suas ações e demandas, cobrando e sendo cobrado pelo que não está ocorrendo de forma satisfatória de modo mais autêntico e produtivo, colaborando para que a equipe se concentre na realização de resultados coletivos.

“Para se desenvolver a habilidade em se envolver em conflitos saudáveis, é preciso primeiro reconhecer que o conflito é produtivo e acreditar que os conflitos saudáveis podem gerar crescimento”, explicou a presidente da ABRH-Paraná. “Neste contexto, o papel do líder é muito mais de saber fazer as perguntas do que necessariamente o de dar respostas”, explicou.

Inteligência emocional

De acordo com Susane, o estabelecimento de conflitos saudáveis depende também do desenvolvimento da inteligência emocional pelas pessoas que compõem as equipes. Essa inteligência envolve o autoconhecimento das emoções, uma boa administração das emoções, a motivação, a empatia e o gerenciamento de relacionamentos utilizando essas possibilidades.

“Desenvolver essas ferramentas envolve aceitar a possibilidade que será um desafio, que poderá haver dificuldades, que elas poderão ser superadas e que o resultado será recompensador”, explicou. “Uma boa estratégia para a gestão de conflitos, envolve desenvolver a arte de ouvir, assumir que somos responsáveis pelo nosso comportamento, criar espaço que favoreça o diálogo, estimular a negociação, fazer a mediação e reconhecer a diversidade do ser humano”, finalizou.

Karla Mendes – Interact Comunicação

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