Contemporaneidade e Gestão da Inovação foram assuntos em pauta
Em 1919, no cenário da 1ª Guerra Mundial, um grupo de mulheres curitibanas inicia a mobilização para o atendimento médico para crianças carentes. Conseguiram, então, reunir alguns médicos e os primeiros pacientes começam a ser recebidos. Depois de 11 anos e intenso trabalho, finalmente é inaugurado um hospital.
Foi dessa forma, contando a história do Hospital Pequeno Príncipe (HPP), que José Álvaro da Silva Carneiro, diretor corporativo da instituição, deu início a sua palestra, com o tema “Contemporaneidade organizacional e inovação como instrumentos de sobrevivência”. A palestra ocorreu na Sala Temática 2, realizada durante o 9º Seminário Femipa.
Durante a trajetória do HPP, alguns valores como integralidade, humanização do cuidado, e interação com a família foram se consolidando. Em 1982, a instituição do Serviço de Psicologia e Família Participante mudou a forma como a entidade recebia os familiares dos menores que ficavam internados. A família passou a ter a liberdade para permanecer com a criança em tempo integral. Isso gerou opiniões contrárias na época, com preocupação de aumento de infecção hospitalar e disseminação de outras doenças. Ao longo dos anos, foi comprovado que essa mudança só gerou resultados positivos para os pacientes.
O processo de excelência médica acompanhou o crescimento do Hospital até os dias de hoje. Surgiu, então, no início dos anos 2000, a preocupação em promover a saúde da criança e do adolescente por meio da assistência, do ensino e da pesquisa, de maneira própria. “Com essa percepção, veio também a necessidade de captação de recursos, pois era visível que a saúde pública não poderia contribuir com projetos tão complexos quanto aqueles, idealizados pelo HPP”, explica Álvaro.
Em função disso, em 2004, a Faculdades Pequeno Príncipe iniciou suas atividades. No ano seguinte, foi fundado, com o apoio do atleta Edson Arantes do Nascimento, o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, que desenvolve pesquisas da área básica e clínica em doenças complexas da infância. “O Instituto não recebeu investimentos por parte do atleta. Porém, o Pelé nos trouxe a possibilidade de conceber um processo de captação de recursos que, de alguma forma, o engajasse”, afirma.
Explicando todos os conceitos e indicadores que envolvem o planejamento estratégico e gestão do HPP, Álvaro observou que a história de princípios, valores e diretrizes da entidade sempre foi respeitada, elevando o fortalecimento institucional. “Tudo isso precisa funcionar simultaneamente. Está aí a complexidade de uma organização hospitalar, especificamente trazendo isso para o nosso caso. Precisamos dar atenção a cada área da gestão. Conseguimos? Acho que sim”, finaliza.
Por Carlla Fermino – Assessoria de Comunicação Femipa
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