Na tarde desta quarta-feira (29), o painel da sala temática de Gestão da Infraestrutura e Logística Hospitalar do 15º Seminário Femipa abriu os debates com três palestras voltadas à sustentabilidade. As abordagens se concentraram no debate e proposição de soluções para a economia e busca de eficiência, além da otimização de recursos naturais.
Com o tema “Programa de eficiência energética, alternativas e aplicação”, o engenheiro Elétrico Pleno da Copel Distribuição José Arthuro Teodoro iniciou apresentando a origem da palavra eficiência, que vem do latim efficientia e significa o uso racional dos meios para conseguir um efeito determinado. “Se eu uso um recurso de maneira eficiente, por consequência, vou ter um custo menor”, explicou o engenheiro, que complementou, falando dos desafios no país em relação à questão da falta de água e a predominância do uso de matriz hidrelétrica para energia.
Em relação às tendências em sustentabilidade, Teodoro trouxe uma provocação sobre a corrida pelo painel fotovoltaico, questionando se, antes de apenas buscar alternativas, há uma revisão de outros equipamentos associados e que podem representar um ganho energético para as empresas.
“Para trazer a eficiência é preciso realizar a contratação de uma empresa especializada. Várias instituições hospitalares do Paraná com apoio da Copel estão conseguindo promover esse movimento como, por exemplo, a redução de consumo de energia em 78% alcançada pelo Hospital e Maternidade de Medianeira (PR)”, exemplificou o engenheiro.
Os hospitais têm a oportunidade de participar do Programa de Eficiência Energégica (PEE) e podem apresentar projetos dentro das chamadas públicas anuais da Copel. Como orientação para essa concorrência, as instituições devem considerar uma melhor relação custo-benefício (análise do custo com gasto equipamentos de acordo com a Aneel dividido pelo benefício); maior energia economizada e redução de demanda na ponta; maior quantidade de usos finais eficientizados; e contrapartida.
Na sequência, o tema “Mercado livre de energia, como funciona e opções de aquisição” foi apresentado pelo representante da Copel Leandro Carlos de Oliveira Castro. O palestrante explicou como funciona a saída do mercado cativo para o mercado livre, citando o passo a passo. Esse processo envolve uma análise de requisitos, avaliação de contratos e adequações necessárias, estudos de viabilidade, adequação e modelagem, sendo que a contratação da instituição junto à operadora pode ser convencional, incentivada ou renovável – nesta última, a Copel inclusive garante a procedência.
Essa se mostra uma estratégia interessante para as instituições hospitalares, considerando que as empresas podem escolher o fornecedor de energia. Para isso, avalia-se a concessionária em questões como solidez e experiência de atuação, uso de energia renovável, competitividade negociação e previsibilidade. “No mercado livre há uma negociação entre as partes sobre os valores pagos e pode gerar uma economia de até 30% para as empresas”, pontuou Castro.
E o gerente de Gestão Ambiental da SANEPAR, Pedro Luis Prado Franco, encerrou o ciclo de palestras, trazendo como abordagem a “Importância do tratamento de efluentes e resíduos, e o reúso de água”. Além de demonstrar as exigências da Sanepar às instituições hospitalares no quesito do tratamento de resíduos líquidos para o esgoto, apresentou a possibilidade de o esgoto gerar informações para o sistema de saúde.
“Hoje, uma cidade como Curitiba pode mapear doenças por meio de um estudo epidemiológico do esgoto em determinadas regiões. Essa possibilidade tem várias vantagens de previsibilidade de epidemias e foi olhada com mais atenção depois da pandemia da Covid-19”, relatou Franco. O palestrante ainda complementou que, alinhado às pesquisas, está o importante trabalho no tratamento adequando dos efluentes e preservação da água para saúde da população.
Texto: Assessoria de imprensa Femipa – Giórgia Gschwendtner
Foto: Pedro Vieira
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