Notícias

15º Seminário Femipa: Gerenciar conflitos é fundamental para o andamento dos trabalhos

Quando o assunto é gestão de recursos humanos, é inevitável falar de legislação. Afinal, é a partir das normativas pré-estabelecidas que se traça o código de conduta e é possível gerenciar eventuais crises de maneira assertiva.

Não à toa, a organização do 15º  Seminário Femipa convidou um trio de especialistas para debater o tema nesta quarta-feira (29), na sede da Associação Médica do Paraná, em Curitiba.

Sob o tema Gerenciando conflitos: aplicação da legislação, adequação de postos e cargos, ambiente de trabalho e relacionamento, o presidente do Sindhosfil de São Paulo, Edison Ferreira da Silva, iniciou o debate falando sobre relacionamento e orientação.

Um dos pontos de destaque foi a afirmação de que o organograma de um hospital filantrópico, já não pode mais ser visto como uma estrutura hierárquica rígida, olhada de cima para baixo. “Hoje, entendemos a estrutura dos relacionamentos entre as pessoas de diversos setores muito mais como satélites que dialogam entre si”, destacou Silva.

Em relação ao público externo, que também envolve constante gerenciamento de crise, Silva fez um jogo de palavras. “Temos o paciente e o impaciente. E os nossos profissionais precisam saber ligar especialmente com o segundo para evitar problemas futuros com a lei”.

Aliás, ele reforça a importância de treinamentos constantes que tratem da legislação em vigor. “É fundamental que haja conhecimento para saber como agir, quais são as obrigações impostas e as acordadas”.

Combate ao assédio

O advogado da GCB advocacia, Luís Alberto Coelho, trouxe alguns aspectos legais em voga, como a discussão do piso do pessoal de enfermagem e resoluções que orientam quantidade de colaboradores ideais nos hospitais, incluindo os filantrópicos.

Coelho também reforçou a necessidade de atenção à legislação que versa sobre cotas, que nem sempre conseguem ser preenchidas por falta de técnicos que se enquadrem nos critérios. “A legislação é dinâmica e é preciso estar atento o tempo todo”, diz.

Outro ponto de interesse é o combate ao assédio dentro das empresas, seja moral ou sexual. “Esse tipo de comportamento não acontece apenas de cima para baixo. É preciso identificar e agir. O trabalho preventivo também é muito importante”.

Nesse sentido, o advogado sugere um trabalho em conjunto com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). “É possível abrir um processo de revisão para que os parâmetros do que é assédio fiquem mais claros”.

Postos de trabalho

A coordenadora de RH do Hospital São Vicente, Lenita Biasia, trouxe o tema da abordagem e adequação de postos e cargos no ambiente de trabalho, com foco na resolução COFEN nº 543/2017.

O texto versa sobre os parâmetros mínimos para dimensionar o quantitativo do quadro de profissionais de enfermagem nos hospitais. “É fundamental o apoio administrativo para dimensionar o quadro de pessoal, para que se cumpra a lei e, ao mesmo tempo, não comprometa o orçamento”.

Aqui, vale reforçar, que no caso dos hospitais filantrópicos, as margens financeiras costumam ser menores do que em estabelecimento de saúde privados.

Outro tema abordado por Lenita foi a necessidade de um olhar mais acurado na questão da retenção de profissionais, um problema recorrente em hospitais. “É preciso pensar em como manter os quadros para dar sequência ao bom andamento dos trabalhos”, finaliza.

Texto: Assessoria de imprensa Femipa – Gisele Rech

Foto: Pedro Vieira

Realização

Correalização