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14º Seminário Femipa: arquitetura hospitalar é tema de palestra na sala de Gestão de Logística e Infraestrutura Hospitalar

A segunda palestra do dia na sala de Gestão de Logística e Infraestrutura Hospitalar do 14º Seminário FEMIPA trouxe para a conversa os palestrantes Norton Mello, engenheiro e CEO da Bioeng Projeto, e Jonathan Degani, sócio da Brasil ao Cubo, para falar sobre arquitetura hospitalar. A conversa foi aberta por Norton Mello, que abordou várias questões pertinentes à conexão entre arquitetura e as necessidades daqueles que convivem com os resultados nos hospitais, sejam pacientes ou colaboradores.

O engenheiro falou sobre como a humanização de ambientes de saúde tem sido tópico de conversas há tempos, mas o assunto tem o que ser discutido. “A humanização discutida nas últimas duas décadas era completamente focada no paciente”, diz ele, ao apontar que o colaborador passa muito de seu tempo nos ambientes hospitalares, o que faz com que ele ou ela sejam os mais afetados. “Ninguém quer trabalhar em um lugar feio”.

Mello aponta que ambientes que mimetizam lugares agradáveis para evitar ansiedades relacionadas a situações hospitalares são usados para dar uma sensação mais agradável ao público, que já está desconfortável em um hospital. Ele aponta que existem projetos bem feitos que levam em consideração o trabalho feito e a maneira como todos usam o ambiente e destacou exemplos de hospitais nos Estados Unidos, Canadá e a 1ª brinquedoteca multissensorial no hospital IPO, em Curitiba. Ele também reforça que ainda não há estudos, mas que relatos indicam um pós-operatório melhor. 

Seguindo a linha da arquitetura hospitalar, Jonathan Degani palestrou em seguida. O engenheiro apresentou o trabalho da empresa de que é sócio, a Brasil ao Cubo, que atua com a chamada Solução Construtiva Ágil em diversas áreas, incluindo a hospitalar. 

A empresa trabalhou na construção de sete hospitais entre 2020 e 2021, sendo alguns expansões e outros hospitais completos. A média de tempo de construção foi de apenas 33 dias. A primeira obra foi a expansão do hospital M’boi Mirim, que levou os 33 dias para ser construído e liberar 100 leitos, grande parte dos quais já estavam ocupados dois dias após a inauguração.

O trabalho é feito de maneira tão rápida e eficiente porque a empresa pré-fabrica diversas partes da construção e transporta em módulos para a montagem no local. As partes que são produzidas na fábrica são adaptadas a partir do projeto e Degani faz questão de ressaltar que o trabalho não é padronizado. “Trabalhamos com soluções construtivas”, aponta ele.

Ao fim, os palestrantes receberam perguntas e Mello fez questão de ressaltar que conversas como essa são importantes, já que o arquiteto aprende coisas diferentes do que o médico e a comunicação é essencial para ele saiba o que é necessário no ambiente hospitalar.

Fonte: Assessoria de imprensa Femipa – Breno H. M. Soares

Foto: Pedro Vieira

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