Notícias 2015

Hospital Cajuru desenvolve cartilha para explicar redes de serviços do SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) em Curitiba mantém, hoje, uma rede de serviços de saúde. São unidades básicas de Saúde, unidades tradicionais, unidade com a estratégia saúde da família, unidades básicas vinculadas a centros de especialidades, unidades de pronto atendimento, centros de atenção psicossocial, hospitais e laboratórios de análises. Cada um desses estabelecimentos tem diferentes funções. Para saber como a população entende o funcionamento do SUS, o Hospital Cajuru encomendou, em março deste ano, uma pesquisa com os curitibanos para conhecer as principais deficiências de informação. Esse foi o tema abordado pela gerente médica do hospital, Dra. Maria Inês Ramina, durante palestra no 8º Seminário Femipa.

Foram entrevistadas 385 pessoas e o critério para participar da pesquisa era ter sido atendimento dentro do SUS nos últimos seis meses. De acordo com o levantamento, 30% dos entrevistados diziam ter sido atendidos nos “postinhos” e não sabiam diferenciar se era uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou unidade básica. 63% deles procuraram um estabelecimento de Saúde por tratamento contínuo e 37% em casos de emergência e urgência. Para 98% dos participantes, o local foi escolhido não por ser o mais adequado, mas por ser o mais próximo.

Alguns dados também foram preocupantes: 81% dos entrevistados não têm segurança de quem procurar para um atendimento adequado à sua situação; 61% não sabiam que os estabelecimentos tinham diferentes funções; 9% sabiam das diferentes funções, mas não sabiam o que procurar; 55% não sabiam diferença entre UBS e UPA, o que mostra que realmente as pessoas têm uma visão distorcida do SUS; 37% não souberam informar qual serviço de remoção deve ser acionado – Siate ou Samu; 64% não sabiam o número do Siate; e 50% não sabiam o número do Samu.

“Por tudo isso, decidimos informar a população e melhorar o conhecimento sobre o SUS. Fizemos duas cartilhas, uma destinada a jornalistas e a outra para a população. Também desenvolvemos um ímã de geladeira com os números do Samu e Siate. Com isso, queremos orientar o local correto para que a pessoa possa ser atendida com mais agilidade”, explica Maria Inês.

A cartilha explica de forma detalhada cada um dos estabelecimentos de saúde e os serviços de remoção, mostrando por quais motivos cada um desses serviços de remoção deve ser acionados. “Explicamos também a parte de central de leitos, o fluxo, o que é atenção primária e secundária e muito mais”, ressalta.

A campanha foi divulgada nas ruas de Curitiba, em locais de bastante movimento, e os voluntários do Cajuru distribuíram o material dentro do hospital. A entidade fez ainda parceria com a Secretaria Municipal de Saúde para distribuir as cartilhas nas nove UPAs da cidade. Segundo a gerente médica da instituição, a divulgação na imprensa também teve bastante repercussão, o que despertou o interesse de outros hospitais para produzir um material semelhante.

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