Na manhã desta sexta-feira, 14, o 7º Seminário Femipa começou com mais uma rodada de salas temáticas que irão tratar dos temas: legislação da filantropia e saúde, faturamento SUS e gerenciamento de projetos para captação de recursos.
Denise Oldenburg Basgal, doutora em Administração e professora da FGV/ISAE, apresentou técnicas para a elaboração de projetos. Segundo a especialista, projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto ou serviço. “É preciso saber o que o caracteriza, em que tempo ele vai acontecer, quais recursos são precisos (financeiros ou de outra natureza). O planejamento consome tempo, mas diminui os riscos de ter que refazer o trabalho”, explicou.
Ela explicou ainda que é preciso responder algumas perguntas para saber se deu certo determinado projeto e verificar se a meta foi atingida com o cumprimento dos prazos, dos custos, da qualidade e do escopo.
Quanto ao gerenciamento de projeto, Denise explicou que ele se trata da aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto, de forma a atingir e exceder as necessidades e expectativas dos principais interessados deste projeto.
Segundo a professora, o gerenciamento é dividido em cinco fases: a iniciação (definição), o detalhamento/planejamento com mais informações, a execução, o monitoramento e controle, que deve ocorrer em paralelo a todo o projeto, e o encerramento. Além disso, deve-se levar em conta o gerenciamento de suprimentos, de recursos humanos, os riscos, a comunicação, a qualidade, os custos, os prazos, o escopo e a integração.
Denise ainda apresentou o método Agile, que prevê o desenvolvimento interativo e incremental do projeto. “Toda a equipe volta-se a uma etapa do projeto para a qual se está mais preparada. O método propõe reuniões em pé que façam as seguintes perguntas: o que foi proposto ontem foi executado? Sabe-se o que deve ser feito hoje? Há algo impedindo para que isso seja feito hoje?”, orientou. No entanto, ela alerta que no final, as etapas “menos agradáveis” deverão ser cumpridas também.
Outra dica importante dada aos participantes foi a necessidade da identificação dos stakeholders, que deve ser feita o quanto antes e incluir uma análise da posição em que eles se encontram: se são a favor ou contra o projeto, se tem baixo ou alto poder em relação ao projeto. Há ainda aqueles que podem “jogar” contra o projeto. “Devemos estudar como lidar com as pessoas”, afirma.
Para nortear o pedido de recursos a recomendação é elaborar a iniciação do projeto a partir de algumas perguntas:
Por que o projeto é necessário?
Há antecedentes relevantes que o justificam? E Contexto adequado?
Está alinhado com a estratégia da organização?
Quais os objetivos e resultados esperados?
É viável financeiro e técnico e prazo?
Há premissas (suposições consideradas para planejar) ou restrições (imitações obrigatórias)?
Quais os fatores críticos para o sucesso?
Qual é a governança estabelecida para gerenciar o projeto?
Para concluir, Denise orientou quanto ao termo de abertura. “Ele pode ser um texto, caso o órgão não tenha um formulário específico, mas nunca mais com três páginas, já que as pessoas que decidem não têm muito tempo. Podem incluir fotos, esquemas, figuras, tabelas e mencionando o nome do projeto inúmeras vezes. É o principal documento de divulgação do projeto, por isso deve ser bem redigido, afirmativo e consistente, aumentando a chance de sucesso na captação de apoio ao trabalho”, completou.
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