O último painel da sala temática “Gestão Hospitalar” foi a apresentação dos três cases finalistas da quinta edição do Prêmio Femipa de Melhores Práticas. As instituições que apresentaram seus trabalhos foram Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, Hospital Pequeno Príncipe e Santa Casa de Misericórdia de Maringá.
Confira um breve resumo das apresentações.
Gestão por resultado como estratégia para mudança da cultura organizacional em instituição hospitalar filantrópica centenária
O caso da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba foi apresentado por Natália Cristina de Lima Rosa, Gerente Corporativa de Qualidade da instituição. Ela explicou a implantação da gestão por resultado, um processo que visava mostrar aos líderes e colaboradores que “ A qualidade é tangível e mensurável”. Através de ações pequenas e contínuas durante três anos, envolvendo todos os setores e níveis hierárquicos, a instituição conseguiu aumentar em 43% a performance dos processos institucionais.
De acordo com Natália, o foco das ações foram os líderes, que se tornaram responsáveis pela gestão da qualidade em seus setores, junto à sua equipe. “O trabalho foi bastante visual, mensurado e acompanhado através de um quadro, preenchido e verificado por todos”, explicou.
Como resultado, além da melhoria na performance dos processos, a implantação da qualidade engajou a equipe e envolveu funcionários, gestores e até pacientes.
Implantação de programa de stewardship de antimicrobianos centrado na farmácia clínica em 10 UTIs neonatal e/ou pediátrico do Brasil
O segundo caso de sucesso foi o programa de gerenciamento de antimicrobianos no Hospital Pequeno Príncipe, apresentado por Marinei Campos Ricieri, Especialista líder do Núcleo de Pesquisa Clínica do Hospital Pequeno Príncipe. De acordo com a palestrante, os antimicrobianos são responsável por 20 a 50% das despesas hospitalares em medicamentos. “Um problema global, por serem usados, muitas vezes, de forma desnecessária”, completou.
A especialista falou sobre o programa de gerenciamento de antimicrobianos, implantado em 10 UTIs neonatais e pediátricas de hospitais brasileiros selecionados por um edital nacional, entre os quais estava o Pequeno Príncipe. Em um total de 221 leitos.
Durante 12 meses, uma metodologia foi usada para gerenciar a prescrição dos antimicrobianos nesses hospitais. Como resultados, 1050 intervenções foram necessárias, 46% referentes a indicações desnecessárias, inadequadas ou insuficientes. “Esses números revelaram a necessidade de ações educativas para que a indicação deste tipo de medicamento seja mais assertiva”, finalizou Marinei.
Gestão de crises, reputação e imagem
O último caso foi apresentado por Rodrigo Soares da Rocha, supervisor de Comunicação e Marketing da Santa Casa de Misericórdia de Maringá, O projeto de sucesso foi referente à má reputação da instituição, principalmente entre mulheres, gestantes e parturientes. De acordo com Rodrigo, entre 2014 e 2016, os gestores do hospital perceberam comentários em redes sociais, blogs e matérias na mídia local falando mal do hospital.
“Foram dois anos para entender e criar um plano de ação para combater essa crise de reputação”, afirmou. De acordo com o supervisor, entre as ações de gerenciamento de crise estavam a contratação de um jornalista, responsável por melhorar o relacionamento com a imprensa local, planejar ações de imagem institucional e entender melhor de onde partiam as críticas.
“Foram anos de trabalho, também entre os funcionários, que foram treinados para identificar possíveis crises e saná-las o mais rápido possível, sempre com foco no paciente”, explicou. Segundo Rodrigo, a ação resultou na melhoria da imagem e sentimentos positivos em relação à instituição.
Texto: Assessoria de imprensa Femipa – Francielli Xavier
Foto: Thiago Vieira
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