O que é preciso para preparar líderes para o futuro? A busca da resposta desta complexa questão conduziu a palestra realizada nesta quarta-feira (29) pelo CEO da Fator RH, Fabrízio Rosso, na programação do 15º Seminário Femipa.
Para abordar o assunto, Rosso valeu-se de algumas analogias e provocações à plateia, formada essencialmente por gestores de Recursos Humanos de hospitais filantrópicos. “Em uma empesa em crise, qual líder sobreviverá? Um líder experiente como um elefante, robusto e resistente, mas que consome muita comida e água, e um canguru, menor e ágil, que consome menos, mas, é menos resistente?”.
A escolha pelo canguru serviu para falar da necessidade de enxugar as contas com responsabilidade e investir em líderes mais dinâmicos, antenados com as novas tendências, em especial na área de tecnologia.
Afinal, para Rosso, não há mais espaço para o que ele chama de líderes analógicos – ou “chefessauros”, que não dominam ferramentas de gestão, por exemplo. “Mas, aqui, cabe um alerta: o canguru pode ser mais rápido na tomada de decisões. Por isso, é fundamental trabalhar as metas e o foco. Não adianta nada ir com agilidade na direção errada”, alerta.
Contextos
Nesse sentido, Rosso reforça a necessidade inerente ao posto dos líderes de entender os cenários onde os hospitais estão inseridos, em especial os filantrópicos, onde o dinheiro costuma ser mais curto. “É preciso ter um foco, mas, estar sempre atento ao que acontece ao redor para, caso seja necessário, tomar um redirecionamento no percurso. Não existe liderança sem informação”.
Ainda na linha da agilidade característica do canguru, Rosso lembrou que, mesmo que as decisões venham aos poucos, elas precisam ser tomadas. “É natural o líder, algumas vezes, sentir-se como uma tartaruga arrastando um elefante. Mas, é melhor tomar alguma resolução do que simplesmente cruzar os braços e cair no papel de vítima”.
Mas, ao fim e ao cabo, como preparar líderes que consigam dar conta das responsabilidades envolvidas no comando de um hospital filantrópico? O caminho, segundo Rosso, começa por um trabalho eficiente de diagnóstico. “Com a ferramenta correta, é possível fazer um trabalho de segmentação de gestão por competências”.
Nessas escolhas, é preciso entender que um bom líder sabe formar alianças, se posicionar e tomar decisões. “O bom líder também é aquele que está aberto aos feedbacks e sempre disposto a melhorar”, diz Rosso.
A partir da seleção dos líderes, é fundamental definir metas claras, que influenciem diretamente no modelo de gestão eficiente para cada hospital e na escolha das ferramentas tecnológicas que vão ajudar no dia a dia da administração.
“Também é fundamental a constante avaliação de competências, com ações que realmente desenvolvam os líderes, que não sejam paliativos como uma dipirona”, finaliza Rosso.
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Dicas de conteúdo sobre liderança, por Fabrízio Rosso: “Liderança de Alto Impacto e Acreditação Hospitalar” (livro), Quarta RH da Fator RH Consultoria (YouTube) e 5 Minutos de Gestão (Podcast no Spotify).
Texto: Assessoria de imprensa Femipa – Gisele Rech
Foto: Pedro Vieira
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