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10º Encontro de Assessores de Comunicação: palestra destaca gestão de crise de imagem

Identificar potenciais ameaças que possam comprometer a imagem de uma empresa é fundamental para assegurar a eficácia do gerenciamento de crises institucionais. O problema é que investir em protocolos de gestão de riscos nem sempre é prioridade nas organizações; o que leva as equipes de comunicação a serem acionadas quando a situação já está em estado de emergência.

Para explicar as estratégias capazes de superar as crises de reputação, o especialista Ricardo Voigt, CEO da V3 Comunicação, ministrou a palestra “Gestão de crise de imagem: como manter a emergência apenas no Pronto Atendimento”, durante o 10º Encontro de Assessores de Comunicação da FEMIPA. O jornalista compartilhou o estudo dos casos de Brumadinho e Mariana, e destacou a importância de as organizações priorizarem a cultura da prevenção, formando comitês, rotinas de avaliação e protocolos de segurança, com o objetivo de antever possíveis riscos.

Segundo Voigt, promover o hábito de preservar a imagem da empresa no ambiente de trabalho também deve ser prioridade, já que as interações do público interno podem amplificar significativamente o impacto de uma crise na comunidade externa. Nesse contexto, a governança é imprescindível para a mitigação dos efeitos nocivos à reputação, que pode envolver a formulação de respostas rápidas para a imprensa, a adoção de postura reativa em relação a determinadas redes sociais, ou a orientação direcionada aos colaboradores sobre como defender a marca dentro ou fora da instituição.

Para finalizar, o jornalista alertou sobre o que não deve ser feito durante uma crise. “Ignorar o problema, tentar abafá-lo ou fornecer respostas evasivas podem agravar a situação e prejudicar ainda mais a imagem da empresa. Também é extremamente necessário evitar personificar a crise em um porta-voz ou líder, optando por divulgar comunicados e notas oficiais de forma mais neutra e objetiva para que se mantenha o controle da narrativa. No caso de acidentes com vítimas, a intervenção rápida para prestar assistência e o suporte contínuo aos envolvidos é fundamental, assim como cumprir obrigações posteriores para mitigar reincidências e restaurar a confiança do público”, concluiu.

Texto: Assessoria de imprensa Femipa – Ana Reimann

Foto: Pedro Vieira

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